ATA DA NONA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 19-8-2009.

 


Aos dezenove dias do mês de agosto do ano de dois mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quarenta e três minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Emerson Dutra, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Mario Manfro, Maristela Maffei, Nilo Santos e Valter Nagelstein. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/09, o Projeto de Lei do Legislativo nº 138/09, o Projeto de Lei do Executivo nº 024/09 e o Projeto de Resolução nº 022/09. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os Vereadores Carlos Todeschini, Emerson Dutra e Beto Moesch. Na oportunidade, o Senhor Presidente convidou todos para o ciclo de debates “Porto Alegre e o Guaíba, o futuro de uma relação”, a ser realizado nos dias vinte de agosto, dezessete de setembro, quinze de outubro e dezesseis de novembro do corrente, no Plenário Ana Terra. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, pronunciou-se a Vereadora Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se a Vereadora Maristela Maffei. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em continuidade, foram apregoados Requerimentos de autoria da Vereadora Maria Celeste, deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando votação em destaque para as seguintes matérias referentes ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07 (Processo nº 4471/07): Emenda nº 01 e Subemenda nº 01 aposta, Emenda nº 02, Emenda nº 03, Emenda nº 06 e Subemenda nº 01 aposta, Emenda nº 07 e Subemenda nº 01 aposta, Emenda nº 31, Emendas nos 32, 33, 34 e 35, Subemenda nº 01 aposta à Emenda nº 33, Subemenda nº 01 aposta à Emenda nº 30, artigo 5º e o § 6º incluído pelo artigo 1º. Também, o Senhor Presidente registrou as presenças, neste Plenário, do Senhor Gil Almeida, ex-Prefeito do Município de Cacequi – RS –, e de integrantes das Diretorias do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores do Município de Porto Alegre – PREVIMPA –, do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre – SIMPA –, e do Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal de Porto Alegre – SINDICÂMARA. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Nilo Santos, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando votação em destaque para a Subemenda nº 01, aposta à Emenda nº 02 do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07. Na ocasião, foram apregoados os seguintes Memorandos: de nº 110/09, firmado pelo Vereador Sebastião Melo, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa, no dia de ontem, do Vereador Engenheiro Comassetto, na solenidade de entrega do projeto de construção da Escola Técnica da Restinga e assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto Federal de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, às quinze horas, no Salão Nobre do Paço dos Açorianos, em Porto Alegre; de nos 072 e 086/09, deferidos pelo Senhor Presidente, de autoria do Vereador Beto Moesch, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, respectivamente, nos dias dezoito e vinte de agosto do corrente, às quatorze horas, no ciclo de debates “Porto Alegre e o Guaíba, o futuro de uma relação”, no Plenário Ana Terra, e hoje, na solenidade de posse da Diretoria da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção Rio Grande do Sul – ABES –, às dezenove horas e trinta minutos, na sede da Associação Atlética Banco do Brasil, em Porto Alegre. Também, o Senhor Presidente convidou todos para palestra sobre a estratégia de defesa nacional, a ser proferida pelo General José Carlos de Nardi, Comandante Militar do Sul, às nove horas e trinta minutos de amanhã, no Teatro Glênio Peres, e para a solenidade de entrega, pelo Prefeito José Fogaça, do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano de dois mil e dez, às onze horas e trinta minutos, no Salão Nobre Dilamar Valls Machado deste Legislativo. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Maria Celeste, Engenheiro Comassetto, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini e Dr. Thiago Duarte, teve sua votação suspensa, em face da inexistência de quórum. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07, os Vereadores Emerson Dutra, Maristela Maffei e Pedro Ruas cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos Vereadores Engenheiro Comassetto e Carlos Todeschini e à Vereadora Maria Celeste. Também, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Valter Nagelstein, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do artigo 216, § 3º, do Regimento, que dispõe sobre o traje dos Senhores Vereadores durante as Sessões Plenárias, tendo-se manifestado a respeito a Vereadora Maria Celeste. Na oportunidade, foi rejeitado Requerimento de autoria da Vereadora Maria Celeste, solicitando o adiamento, por cinco Sessões, da votação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07, por dez votos SIM e vinte e três votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Adeli Sell, Pedro Ruas, João Antonio Dib e Mauro Zacher e pela Vereadora Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada por vários Vereadores, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Emerson Dutra, Engenheiro Comassetto, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein. Ainda, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Cristiano Roberto Tatsch, Secretário Municipal da Fazenda. Também, o Senhor Presidente autorizou a entrada no Plenário de representantes do PREVIMPA, do SIMPA e do SINDICÂMARA, tendo-se manifestado a respeito a Vereadora Sofia Cavedon. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Valter Nagelstein, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezesseis horas e quarenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e cinquenta e nove minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, a Vereadora Maria Celeste formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezessete horas, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e onze minutos, constatada a existência de quórum. Após, o Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezessete horas e doze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e vinte minutos, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, os Vereadores Valter Nagelstein e Pedro Ruas e a Vereadora Sofia Cavedon manifestaram-se acerca das tratativas referentes à votação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07. Às dezessete horas e vinte e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezoito horas e três minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, o Senhor Presidente informou que, por deliberação do Colégio de Líderes com a Mesa Diretora, a votação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07 seria realizada no dia vinte e quatro de agosto do corrente. Às dezoito horas e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Sebastião Melo e secretariados pelo Vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito a abertura do painel eletrônico para verificação de quórum. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Com a presença de 28 Vereadores, há quórum para o início da Sessão Extraordinária.

 Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1385/09 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 001/09, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que inclui § 3º no art. 242 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, vedando o plantio de espécies exóticas dos gêneros “Pinus” e “Eucalyptus” com ou sem fim comercial.

 

PROC. Nº 2934/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 022/09, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede a Comenda Porto do Sol ao Doutor Antonio Costa Estima.

 

PROC. Nº 3207/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 138/09, de autoria da Verª Maria Celeste, que denomina Praça Vó Rosali Conceição dos Santos o logradouro público cadastrado conhecido como Praça 2737, localizado no Bairro Jardim Carvalho.

 

PROC. Nº 3579/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 024/09, que dispõe sobre a concessão de abono complementar aos servidores públicos municipais, detentores de cargos de provimento efetivo e ocupantes de funções celetistas do Poder Executivo Municipal.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não havendo nenhuma inscrição para este período, dou por cumprida a Pauta.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, assistência da TVCâmara, audiência da Rádio Web e, em especial, os municipários que nos acompanham, eu falava outro dia aqui no tempo que me coube como Parlamentar eleito, e agora a nossa Líder, Verª Maria Celeste, delega-me o papel de falar, em tempo de Liderança, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, sobre este Projeto do PREVIMPA. Sem dúvida, o fato de o Município de Porto Alegre ter aprovado a sua instituição previdenciária foi um grande ganho e um grande avanço, porque isso dá condições de estabilidade e garantia de ganhos para as pessoas que dedicaram e dedicam a vida toda ao serviço público. Sabemos da qualidade, da importância e do papel que o servidor público municipal tem na cidade de Porto Alegre. E é a eles que nós rendemos a nossa homenagem.

No entanto, o Projeto do Governo que vem para cá, propondo uma série de reformas, significa um retrocesso, significa a retirada de conquistas ou a tentativa que está sendo feita de retirada de conquistas importantíssimas da vida e da luta de vocês, trabalhadores. Por exemplo, uma entre as questões que estão postas através de uma emenda do Governo determina que a Taxa de Administração referente à parte patronal retorne ao Governo, para que ele faça uso no pagamento de gastos da Administração. Nós entendemos que isso é equivocado; o recurso deve permanecer no fundo, para garantir aqueles períodos mais críticos, mais difíceis que virão pelo futuro.

Nós tivemos a triste e amarga, a trágica experiência do Montepio, que não era um fundo, que não era uma instituição previdenciária, mas uma caixa de pensões dos municipários, é diferente. Pelo fato de ele não tido democracia e por ter havido eleições manipuladas, vimos o que ocorreu. Não só fez os servidores perderem muito dinheiro como causou um prejuízo enorme a Porto Alegre, aos cofres públicos e aos contribuintes, é um dinheiro que não vai ser reparado. Está aí o espólio do Montepio, em que as dívidas talvez superem em três vezes o patrimônio que restou. E essa fórmula que está proposta de eleição sem um quórum mínimo, sem uma participação ampla, garantida e obrigatória dos servidores, pode levar a um tipo de desvio que a gente não quer mais viver, como vivemos, no passado, com o Montepio. Por isso tem que haver, sim, uma participação intensa, grandiosa dos servidores nos processos decisórios e na eleição para a entidade.

Outra questão: os Diretores eleitos são Diretores de carreira, quadros de confiança, escolhidos pelos servidores. Pois bem, a emenda do Governo quer fazer com que essa questão esteja ao sabor e ao interesse do Prefeito, podendo os Diretores eleitos ser demitidos a qualquer tempo. Isso é equivocado, por quê? Porque é verdade que tem Prefeitos que são sérios, mas tem muitos que não são sérios. E há Administrações que não merecem confiança. O Ver. Adeli falou antes dos rolos que estamos enfrentando na SMS, na Procempa, na Fazenda e em várias outras Secretarias do Município, dizendo que nunca se viu tanto desmando!

 

(Aparte antirregimental do Ver. Nilo Santos.)

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Na Procempa, sim, Nilo! Eu fiz um Pedido de Informações ao Prefeito, aguardo resposta, porque aí, a partir da resposta, nós vamos a outras instâncias competentes. Isso é muito grave! Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, quero divulgar, prazerosamente, que está ocorrendo nesta Casa o ciclo de debates “Porto Alegre e o Guaíba - o Futuro de uma Relação”, com a seguinte programação: dia 20-08, “A Cidade e o Guaíba: encontro ou enfrentamento?”; dia 17-09, “A Copa e o Lago - repercussões mútuas”; dia 15-10, “A despoluição do Guaíba - utopia ou possibilidade?”; dia 16-11, “Despoluição do Guaíba - quem paga a conta?” É uma realização que tem o apoio desta Câmara e de várias entidades, com a participação de vários Vereadores, especialmente do Ver. Beto Moesch.

Quero lembrar aos Srs. Vereadores que nós estamos em Liderança e, logo em seguida, iniciaremos a discussão sobre o PREVIMPA. Lembro aos Srs. Vereadores e às suas Bancadas que o prazo para destaque de emendas é até o final da discussão do processo. Evidentemente, os senhores sabem profundamente disso; é apenas uma lembrança, para contribuir com o andamento do processo.

O Ver. Emerson Dutra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. EMERSON DUTRA: Boa-tarde! É um prazer estar nesta Casa de novo, e hoje é um dia muito importante para mim e para a minha categoria. Faço uma saudação ao Presidente da Casa, Ver. Sebastião Melo; aos Srs. Vereadores, ao plenário, que está com um número expressivo nesta tarde. Quero dizer a vocês que podem contar conosco, com o PSOL, porque a luta dos municipários é a luta do PSOL, que é o Partido Socialismo e Liberdade, pois nós sabemos muito bem do que o funcionalismo precisa e o que o funcionalismo quer. Nós estamos sempre na luta com vocês, podem contar conosco!

Hoje, Srs. Vereadores, é um dia muito importante para mim e para a minha categoria. Hoje, às 14h55min, foi protocolado um Projeto que diz respeito a uma categoria de nove mil trabalhadores, uma categoria que carrega a massa, uma categoria que carrega a classe trabalhadora em Porto Alegre. Para nós, para a minha categoria, isso não é pouca coisa; nós temos problemas sérios nos finais de linhas, não há sanitários em lugares de repouso. Nós temos catorze empresas que transitam dentro de Porto Alegre. Há uma diferença muito grande entre empresas privadas e empresa pública. A empresa pública, Carris, é uma empresa que tem banheiros, lugar de repouso, tem toda uma estrutura. Só que as empresas privadas têm um preconceito muito grande. Eu pertenço a uma empresa privada, e nós temos dificuldades enormes de fazer terminais de ônibus.

Para os senhores terem uma ideia, temos linhas que não têm um sanitário, os caras têm que ir para as praças para poder fazer as suas necessidades. Eu digo para os senhores o seguinte: de repente, um de vocês ou algum parente que mora perto de um fim de linha não se assustem quando o motorista descer para o lado da praça e ir atrás de uma árvore, porque não há sanitários. Eu tenho certeza absoluta de que eu vou ter a compreensão dos Srs. Vereadores, que vão nos ajudar em relação a este Projeto, que é um Projeto que vai beneficiar a categoria dos trabalhadores do transporte coletivo de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, antes de adentrar no assunto que nos traz à tribuna, nós queremos registrar, Ver. João Antonio Dib, Ver. Nedel, que vamos nos empenhar para que, finalmente, depois de tanto tempo, se vote a nova normatização do PREVIMPA.

Mas o que nos traz hoje à tribuna é um assunto que tem nos preocupado demasiadamente, trata-se de uma mobilização em nível nacional e estadual para alterar de forma radical, sem a devida discussão, sem o devido cuidado - e, na minha opinião, com muito preconceito - toda a legislação ambiental. Várias medidas provisórias já foram aprovadas, por exemplo: garante-se por decurso de prazo o início de obras para geração de energia elétrica, se em trinta dias não for concedida a licença ambiental. Aqui no Estado do Rio Grande do Sul, a Comissão de Agricultura - portanto não é um Partido ou um Deputado - protocolou, ainda em julho, um Projeto de Lei alterando as leis ambientais previstas pela Constituição do Estado, leis que foram debatidas, discutidas e elaboradas por todos os segmentos da sociedade gaúcha durante mais de dez anos. É claro que a legislação, seja qual for, precisa, sempre, Ver. Pujol, de aprimoramento, sempre precisa de aprimoramento, mas com a devida discussão, com o devido estudo e buscando, Ver. Dib, o consenso, o que, aliás, a atual legislação ambiental do Estado do Rio Grande do Sul garantiu, porque toda essa legislação foi aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa, buscou-se o consenso.

Portanto, a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa apresentar uma proposta que, segundo o próprio Presidente, resultou de setenta dias de discussão, sem chamar todos os segmentos da sociedade... E mais grave ainda: propôs, não sei se por desconhecimento ou por preconceito, alterações das Áreas de Preservação Permanente eliminando a reserva legal - que, aliás, nós estamos avançando muito, inclusive em Porto Alegre, que é área urbana -, eliminando a necessidade de o Poder Público informar e dar acesso às informações ambientais. Isso é eliminado na legislação, na proposta de legislação. Todas as organizações não governamentais passam a não fazer mais parte do Sistema Estadual do Meio Ambiente, do Conselho Estadual do Meio Ambiente. A proibição de propagandas nocivas à Saúde Pública e ao meio ambiente passam a ser permitidas. São propostas que, se nós analisarmos... E estamos disponibilizando isso através de quadros comparativos, comparando a proposta que tramita na Assembleia Legislativa, Ver. Dr. Raul, e a legislação atual, mostrando que isso afetará não só a proteção do meio ambiente, a qualidade de vida, mas a inclusão social, a participação da sociedade e a própria economia do Estado do Rio Grande do Sul, vai agravar em muito o planejamento urbano da Cidade, algo que está justamente em discussão nesta Casa.

Portanto, Sr. Presidente Sebastião Melo, a Câmara de Vereadores deve, na minha opinião, se manifestar mostrando preocupação com essa proposta que tramita na Assembleia Legislativa, porque vai afetar, sim, o planejamento urbano da cidade de Porto Alegre e de todas as cidades do Rio Grande do Sul. São propostas inconstitucionais, ilegais e que fazem com que o Estado do Rio Grande do Sul retorne em alguns casos aos anos 60 e, a outros casos, até aos anos 20, por eliminar, por exemplo, a reserva legal. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, agradeço à minha Bancada e à Bancada PSOL a possibilidade de falar em Liderança de oposição sobre o PREVIMPA. Como ficará o PREVIMPA se passarem as emendas propostas pelo Governo? O PREVIMPA tem uma lógica, ele foi construído numa lógica muito importante de equilíbrio e de corresponsabilidade entre municipários e Governo. Quero lembrar bem isso, tanto que é paritário o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal, e o Governo indica o Presidente, e os municipários os Conselhos, não necessariamente os municipários, porque no Conselho está representado o Governo, e o Conselho Administrativo elege os Diretores: o Previdenciário e o Administrativo. Ora, é triste ver, mas não é surpreendente, Presidente Rigotti, que, na condição de Presidente do PREVIMPA, o senhor vire de costas para esse equilíbrio e entenda que o Governo deve ter total controle sobre o PREVIMPA. Esta é a lógica que se quer implantar, Ver. Dib, com estas emendas: tirar completamente da mão do municipário tanto o controle quanto a responsabilidade do seu Instituto de Previdência!

É muito duro ver que colegas municipários, por mais que divergíssemos, colega Rigotti - e divergimos muitas vezes no SIMPA, nas assembleias, nos encaminhamentos -, defendam essa lógica, ver que municipários não defendem o equilíbrio entre os Governos e o municipário. Nunca defendemos que o PREVIMPA fosse só de municipários; tem que haver corresponsabilidade, tem que haver vigilância mútua, porque a experiência do Montepio, que era autônomo, foi desastrosa. E esta emenda que retira a possibilidade da eleição pelo Conselho Administrativo faz isso, joga só para os Governos. E os Governos são passageiros, os Governos não vão se aposentar pelo PREVIMPA, os municipários sim. Está errada essa lógica; nós queremos manter a corresponsabilidade. Se é desta maneira que nós construímos equilíbrio - uma parte Governo, outra parte municipários eleitos -, não dá para estabelecer outra lógica de proporcionalidade, porque a emenda da proporcionalidade também mexe nesse equilíbrio. E eu reconheço que propus esta emenda. Ou nós mudamos a lógica do PREVIMPA, ou não dá para estabelecer essa proporcionalidade no PREVIMPA, porque, sim, quem está no Governo também disputa chapa. Então, vai ter um percentual que vai desequilibrar o que está estabelecido como lógica importante da saúde e da transparência do PREVIMPA, bem diverso do Montepio.

Então, quero chamar a atenção de que esse contrabando, porque esse é um outro elemento que fala em nome da oposição... Nós fizemos um esforço nesta Casa, o Ver. Adeli presidiu um GT, a partir da decisão da Mesa, a partir da pressão dos municipários nesta Casa, exigindo espaço para discussão do seu Instituto. É por isso que saiu o Grupo de Trabalho. E depois do Grupo do Trabalho essas emendas aparecerem, emendas que usurpam, que retiram dos municipários a incidência sobre o seu Instituto de Previdência!? É inaceitável! Para nós, isso é golpe; para nós, isso é traição, inclusive de municipários em relação a municipários. O que é lamentável, Presidente Rigotti, é lamentável! Nós não concordamos com essa lógica. Nós queremos manter a lógica da corresponsabilidade, do equilíbrio.

E é possível governar com a diferença. O nosso ex-Presidente Zezinho está aqui, o Zé Reis, e os dois Diretores eram sua oposição, eram ou não eram? E era difícil? Era difícil. Não é fácil governar na pluralidade, não é fácil ter que dar explicação, não é fácil ter que constituir argumentos técnicos e ter que ouvir ambos os lados, mas o Zé Reis foi Presidente na adversidade e respeitou, democraticamente, a indicação da chapa que ganhou à época. E esse não é o perfil do Prefeito Fogaça; ele quer pintar de democrático, porque eu entendo que essas emendas são respaldadas pelo Prefeito Fogaça. Ele quer parecer democrático, assim como na consulta do Pontal Estaleiro, que não tem nada de democrática: não tem campanha, não tem esclarecimento, não tem mobilização, induz ao erro. Quer parecer democrático o Prefeito Fogaça, mas o que ele está fazendo é bem diverso do que fizemos, ou seja, governamos na pluralidade, governamos respeitando os municipários dentro do PREVIMPA. Está aqui o Zé Reis, que nos orgulha pelo seu mandato, e foi, sim, na adversidade.

Eu faço aqui um apelo aos Líderes, que mantenhamos o PREVIMPA no equilíbrio que construímos até agora e que tem mantido ele saneado. Responsabilidade, corresponsabilidade entre municipários e Governo e poder de incidência de fiscalização municipários e Governo. Por isso não concordamos com as emendas. Não concordamos com esse contrabando, vamos lutar até o fim para manter o PREVIMPA autônomo, transparente e democrático.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, categoria dos municipários, senhoras e senhores, quero dizer que nós temos alguns méritos importantes para trazermos neste momento; um é o GT que nós organizamos, com o qual procuramos construir uma alternativa que pudesse beneficiar, que pudesse vir ao encontro das perspectivas dos municipários, vir ao encontro dessa categoria, que é fundamental para a vida da nossa Cidade.

O que é ruim? Por que não é tão admirável que essas coisas aconteçam? Não é possível que o Conselho faça uma indicação subordinada a si mesmo. Não é possível que os nobres Pares possam conceber como algo natural a forma que está sendo estabelecida. Eu acho uma forma criminosa, desrespeitosa; não passou essa discussão, e isso já foi dito nesta tribuna. Portanto, o PCdoB não concorda e não vai votar o que está estabelecido no texto da emenda aqui foi apresentada.

Agora, nós temos de lembrar que essa categoria há muito vem sendo passada para trás. Primeiro, quando nós tínhamos a reposição: foi cessada. Nós tínhamos garantida em lei a possibilidade da reposição - isso no Governo anterior. E, depois, o Prefeito Fogaça vem e estabelece uma lei e acaba, por fim, enterrando um direito que era sagrado dos municipários. Nós temos que lembrar essas coisas, para que não fique no esquecimento como a categoria pode ser enganada e o foi nesses dois processos. Neste momento, quando vamos votar aqui a questão do PREVIMPA, temos de ter isso muito claro e trazer, junto, essas consequências que acabamos observando.

Por outro lado, temos também a Emenda nº 40, que, se não for votada, vai prejudicar por demais, em especial os funcionários desta Casa, que são três categorias específicas, mas que, no conjunto, são as que mais trabalham para nós, porque passam pelo processo da insalubridade, passam pelo processo dos que mais têm de ficar aqui dedicando seu tempo ao seu trabalho. Quero pedir, com toda a tranquilidade - gostaria, inclusive, de dialogar com a Bancada do PSOL e a do PT -, que observem a Emenda nº 40 e que votem para que os funcionários da Casa não sejam prejudicados. Eu até compreendo que poderia haver uma lei específica, sim, mas, se sob o ponto de vista do Executivo é possível aprová-la hoje, nós temos de pensar bem para que essa categoria não saia mais prejudicada do que já vem sendo.

E, por último, eu quero dizer que, em termos de transparência, a Emenda nº 41 e a Emenda nº 42 tratam exatamente desses temas que são de autoria desta Vereadora. Solicito, também, aos nobres Pares e ao Executivo que olhem com carinho, com seriedade, para que todos nós - a cidade de Porto Alegre - possamos ganhar. O PCdoB não vota com o abuso de poder que o PREVIMPA, através do seu Diretor, está querendo impor neste momento a toda a categoria dos municipários, mas vai votar com a Emenda nº 40 e, com certeza, pedindo também a aprovação das Emendas nº 41 e 42. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Havendo quórum passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Vamos enfrentar a votação previamente estabelecida, que é a matéria relativa à Previdência dos municipários.

Apregoamos os Requerimentos abaixo relacionados, de autoria da Verª Maria Celeste, solicitando a votação em destaque para: Emenda 01 e Subemenda nº 01; Emenda nº 02; Emenda nº 03; Emenda nº 06 e Subemenda nº 01; Emenda nº 07 e Subemenda nº 01; Emenda nº 31; Emendas nos 32, 33, 34 e 35; Subemenda nº 01 à Emenda nº 33; Subemenda nº 01 à Emenda nº 30; no art. 5º do Projeto, incluindo o art. 15-A na Lei Complementar nº 478; o § 6º, incluído no art. 5º da Lei Complementar nº 478 pelo art. 1º do Projeto.

Registro a presença do Assessor Especial do Prefeito José Fogaça, ex-Prefeito de Cacequi, Sr. Gil Almeida. Seja bem-vindo à nossa Casa, tenha a bondade, pode usar a tribuna da direita, é nosso convidado. Registro também a presença da Diretoria do PREVIMPA, do SIMPA e do SINDICÂMARA, que são nossos convidados; em querendo, podem utilizar o espaço.

Srs. Vereadores, peço a atenção para dizer que já discutiram esta matéria que irá à votação: a Verª Sofia Cavedon, a Verª Fernanda Melchionna, o Ver. Carlos Todeschini, o Ver. João Antonio Dib, o Ver. Mauro Zacher, o Ver. Bernardino Vendruscolo e o Ver. Mauro Pinheiro, que cedeu seu tempo à Verª Sofia Cavedon.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

PROC. Nº 4471/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 007/07, que altera dispositivos da Lei Complementar nº 478, de 26 de setembro de 2002, que dispõe sobre o Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre – PREVIMPA, disciplina o Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Município de Porto Alegre – RPPS, altera o § 3º e acrescenta o § 5º ao art. 3º da Lei Complementar nº 505, de 28 de maio de 2004, e dá outras providências. Com Emendas nos 01 a 03, 06, 07 e 30 a 40. Com Subemendas no 01 às Emendas nos 01, 02, 06, 07 e 30.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nos 01, 02, 03, 06, 07 das Subemendas no 01 às Emendas nos 01, 02 e 06 e pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação das Emendas nos 04, 05, 08 a 29.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- prejudicada a votação das Emendas nos 04, 05, 08 a 29 nos termos do art. 56, § 2º, I do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM;

- adiada a discussão por cinco Sessões;

- discutiram a matéria os Vereadores S. Cavedon, F. Melchionna, C. Todeschini, J .A. Dib, M. Zacher, B. Vendruscolo e M. Pinheiro (cedeu p/ S. Cavedon).

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLCE nº 007/07. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Ver. Melo, colegas Vereadoras e Vereadores; servidores da Câmara, da municipalidade; senhoras e senhores, eu tive o privilégio de, por aproximadamente dois meses, a cada quarta-feira de manhã, estar aqui na Câmara, na presença de dirigentes do PREVIMPA, do SIMPA, do SINDICÂMARA, representantes de gabinetes, enfim. A mim foi dada uma tarefa de coordenar um Grupo de Trabalho para que pudéssemos dirimir um conjunto de dúvidas; verificar, naquilo que fosse possível haver compatibilização com a legislação federal, algumas questões nas quais não temos como interferir aqui, porque já estão decididas por lei federal. Sobre outras questões, nós vimos que, se houvesse boa vontade, haveria consenso imediato. Algumas discussões não foram fáceis; a respeito de outras conseguimos acordar e ter um conjunto de emendas de comum acordo. Infelizmente, ficou para a undécima hora algumas emendas aparecerem aqui, mas isso não era responsabilidade deste coordenador do Grupo de Trabalho, e sim do Executivo.

Eu lastimo que algumas coisas ainda estejam nebulosas, e algumas coisas que me pareciam - relendo as Atas - estar superadas ainda não estão superadas. Eu acho isso ruim, porque um esforço muito grande foi feito aqui por nós, para que pudéssemos ter a melhor composição possível. Há poucos minutos, eu discutia o Projeto de recomposição dos valores dos salários dos servidores da mais baixa renda do Município e vi que, para chegar ao salário-mínimo, haveria um abono, quando o Rio Grande do Sul há menos de dois meses discutiu e decidiu o salário-mínimo regional, que é acima do salário-mínimo. Portanto, a iniciativa privada é obrigada a pagar o salário regional, e a Prefeitura quer recompor o salário dos servidores com abono, para chegar ao mínimo.

É claro que, vendo isso, eu compreendo a incompreensão, a dificuldade e, às vezes, até a má vontade do atual Governo no sentido de compor o melhor projeto possível - eu diria necessário - para a Previdência do Município. E aqui não fala um especialista na matéria; aqui fala um Vereador que estudou minimamente a matéria, ouviu muito os servidores e vai continuar ouvindo, evidentemente - como sempre fiz -, para chegar a bons denominadores. É claro que as categorias profissionais... E já participei de movimentos sindicais, inclusive citava aqui, na quinta-feira, Lúcio Barcelos, há trinta anos, a greve da construção civil, a greve dos rodoviários. Evidentemente, uma categoria profissional, por sua natureza - por sua natureza -, vai estar num processo de demandas; é natural do mundo do trabalho que o assalariado seja sempre um demandante, faz parte da sua natureza. Portanto, espero que do outro lado do balcão... Porque há que olhar para aqueles que estão no cotidiano para atender à população, no sentido de que eles tenham o salário recuperado e uma previdência que lhe dê dignidade na aposentadoria. Em relação às emendas apresentadas - algumas minhas e há emendas de outros colegas -, vou tentar, naquilo que for possível, defender uma a uma, e chamar, e pedir o apoio das várias Bancadas. E quero fazer um apelo especial ao trabalhismo do PDT e do PTB, para que, juntos, possamos honrar as tradições do Rio Grande do Sul, das reformas de base de João Goulart, de Fernando Ferrari e de outros que honraram a luta dos trabalhadores. Hoje, eu espero que sejamos o elo de ligação com o passado. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, municipários que estão conosco acompanhando a votação deste importante Projeto, primeiro eu gostaria de registrar a importância deste Projeto e a forma como ele foi conduzido também aqui na Câmara Municipal: de uma forma açodada e sem a possibilidade de discussão. E, aí, alguns podem dizer, Srs. Vereadores, que este Projeto está aqui desde 2007, e é verdade, mas ele, nesse período todo, ficou o tempo todo na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; o tempo todo. Foi pedido o art. 81 para este Projeto sem sequer haver um parecer da Comissão, e, a partir daí, o processo estabelecido foi de muita falta de diálogo. Houve a necessidade de o SIMPA e de os municipários se organizarem, virem até a Mesa Diretora e solicitarem a intervenção do Presidente desta Casa para que pudessem estabelecer, de fato, uma discussão sobre o Projeto. Nós lamentamos profundamente a condução que foi realizada.

A Mesa Diretora desta Casa destacou um dos Vereadores, e para a nossa alegria foi o Ver. Adeli Sell, que acompanha a nossa Bancada, mas que é membro da Mesa Diretora desta Casa, Vice-Presidente da Câmara Municipal, para compor um GT, Grupo de Trabalho, em que Governo e municipários pudessem estabelecer um diálogo e avançar, inclusive, com propostas de mediações, inclusive com acordos e consensos necessários em várias questões apontadas. Para nossa surpresa, fomos então instados pelo Líder do Governo para que o Projeto viesse à Ordem do Dia, porque estava tudo acordado, tudo acertado nesse GT. Consultamos o Ver. Adeli Sell e fomos informados de que as emendas que deveriam ter sido encaminhadas pelo Governo não o foram. Mais surpreendidos ainda ficamos quando, na segunda-feira desta semana, foram apresentadas mais de dez emendas, dentre elas algumas que sequer foram discutidas com a categoria. Essa relação autoritária, arrogante, prepotente do Governo Municipal em relação aos municipários, em relação a esta Casa, continua, a meu juízo, lamentavelmente truncando um processo de diálogo necessário em situações e em projetos tão importantes como este. É preciso diálogo, muito diálogo, porque um Projeto desta magnitude tem a ver com a vida pessoal de cada servidor do Município de Porto Alegre.

E agora nós constatamos que aquele que foi Diretor, responsável pelo PREVIMPA, que representava a categoria no passado, neste momento se encontra na posição de gestor e parece que esqueceu de todos os seus compromissos, das suas bandeiras de luta junto à categoria. Mais do que isso, esqueceu e não abre possibilidade de concentração e de diálogo. Verificamos que o Sr. Rigotti, que foi Presidente do Conselho de Administração no passado, não consegue sentar com seus colegas municipários e estabelecer o diálogo necessário, ponderações, mediações para que se avance no Projeto, que seguramente é importante para todos. Verificamos também que é fácil ser oposição, porque, no passado, o Presidente do Conselho de Administração tinha, sim, dez eleitos na sua configuração - três, inclusive, também indicações da Câmara Municipal. E a grande maioria desse Conselho era oposição ao Governo da Frente Popular à época. Naquela época, o nosso responsável pelo PREVIMPA, o nosso Diretor, companheiro Zezinho, soube, sim, dialogar intensamente com a categoria, respeitando o espaço de direito democrático necessário junto à categoria. Surpreende-me e muito a posição atual do Governo, que não dialoga, que não negocia, que tem uma postura autoritária e arrogante, querendo, sim, massacrar os municipários de Porto Alegre. Obrigada, Sr. Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoamos Requerimento de autoria do Ver. Nilo Santos que solicita seja votada em destaque a Subemenda 01 à Emenda nº 02 ao PLCE nº 007/07.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras, funcionários públicos municipais aqui presentes, senhoras e senhores, o debate que hoje estamos travando aqui nesta Casa é de vital importância para a vida pública da cidade de Porto Alegre, porque trata nada mais nada menos do que da vida de cada um dos seus trabalhadores, que buscam, através do PREVIMPA, uma estrutura pública que lhes garanta qualidade de vida. Portanto, este debate é um debate que tem que ter a matriz da pluralidade.

Aqui nós temos que discutir um conceito, que é o conceito da democracia. Hoje Porto Alegre ainda se apresenta para o mundo como a “Capital da democracia participativa”, e o atual Governo e as suas Diretorias viajam pelo mundo vendendo essa afirmação política da democracia participativa. Se essa premissa é verdadeira, ela tem que se fazer presente e verdadeira neste debate, não só no debate como na coexistência pacífica, pelo contraditório, que vai construir uma estrutura previdenciária transparente, sólida e eficaz. Quando a possibilidade de diálogo não é garantida, não é estabelecida, colocam-se as estruturas em risco e, no caso aqui, a instituição do PREVIMPA. Esta Casa tem legitimidade para fazer o debate individualmente com cada um dos senhores, de ouvi-los, de recebê-los, mas também com a Direção do PREVIMPA e também com o contraditório que existe dentro desta Direção.

Quero aqui, Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo, registrar que, no curto período em que assumiu a Prefeitura Municipal, o senhor abriu um diálogo com todos os segmentos desta Cidade. O senhor, que é do mesmo Partido do Prefeito Fogaça. Naquele momento, aqui na Casa, vieram os dois Diretores eleitos do PREVIMPA dialogar com o Presidente da Casa, Ver. Adeli Sell, e a Câmara apresentou, no seu Portal, a sua opinião sobre essa visita. Pois vejam só o que aconteceu dentro do PREVIMPA: o seu Diretor-Geral intimou os dois Diretores eleitos pela categoria por terem vindo aqui estabelecer um diálogo e, numa notificação exigiu, no prazo de cinco dias, prestação de contas, advertindo que a inércia, ultrapassando o prazo estipulado, seria interpretada como negativa à prestação dos esclarecimentos solicitados, sujeita às consequências legais pertinentes.

O que é isso? Isso é uma ameaça de quem tem poder, porque, quando não se tem o poder do diálogo, o diálogo se transforma no poder do cargo que se exerce. Prezado Rigotti, que conheço há muito tempo, essa questão do diálogo estabelecido tem que ser uma bandeira permanente na construção de uma estrutura como essa. Aí, apresentar uma emenda que não se debate, sobre a qual não se estabelece um diálogo, retirando o quórum...

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07, por cedência de tempo do Ver. Emerson Dutra e transposição de tempo com o Ver. Airto Ferronato.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Uma Assembleia Geral, que toma a decisão e que elege o Conselho de Administração que vai ajudar a manter essa instituição, sendo construída com transparência e democracia - o que propõe o Governo -, numa emenda sem discussão? Que seja retirado o quórum mínimo de participação para ter validade esse processo eleitoral... Ver. Valter Nagelstein, não posso acreditar que V. Exª esteja pactuando ou compactuando com a emenda do Governo. Como o conheço lá de Bagé, das origens, meu querido amigo Nagelstein, sei que é um democrata que busca o debate, que busca o diálogo, que sustenta a contradição, que aceita a contradição. Portanto, retirar o quórum e dizer que, se for meia dúzia de municipários, tem validade o processo todo... Não dá!

Temos que estabelecer também um grau de responsabilidade de cada um dos senhores e senhoras para que participem do processo e que garantam um número mínimo de funcionários, um número mínimo de previdenciários para tomar a decisão. Trinta por cento na primeira chamada é um número baixo, mas, se há um acordo entre as partes, por que não? Vinte por cento na segunda chamada, que é o que está acordado, garante a participação mínima e o processo democrático para que todos os segmentos possam se espelhar. Agora, retirar o quórum, dizer que não precisa quórum nenhum para poder eleger os seus representantes... Esse processo não está correto, isso não faz parte da democracia. E o Conselho de Administração, que tem dez eleitos e dez indicados, hoje indica dois Diretores. Na proposta trazida pelo Governo, significa o seguinte: acaba-se com isso, e o Diretor indicado indica os demais. Pessoal, a era das “panelinhas” já passou. Tem que haver o contraditório, a fiscalização.

Eu quero que os senhores, que sabem o que ocorreu, se espelhem no que foi o Montepio dos municipários e no que deu: estão todos eles hoje sendo procurados pela Polícia Federal e indiciados pelo Ministério Público, porque naquela estrutura não houve a transparência e o contraditório para poder haver a fiscalização efetiva. Isso, da maneira como está constituído, garante nesse formato que possa essa Diretoria trabalhar, mas vigilante; trabalhar, mas com transparência; trabalhar, mas com diálogo; trabalhar, mas representando o conjunto dos previdenciários. Portanto, esse modelo que o Governo apresenta em emendas, sem discutir com o Grupo de Trabalho; esse modelo que tira o quórum mínimo; esse modelo que volta a indicar toda a Diretoria para tratar dos recursos que são dos senhores e das senhoras, rompe com o princípio que esta Cidade construiu e que nós temos que mantê-lo, que é a Cidade da democracia participativa e a Cidade da participação e da exposição do contraditório.

Portanto, a força do diálogo tem que prevalecer e não a força substituindo o diálogo para manter as relações de um instituto que é o PREVIMPA. Vimos aqui trazer a nossa posição com clareza e pedir ao Líder do Governo para reabrir o diálogo com os municipários e resolver essas pendengas que deixam Porto Alegre na contramão da sua história da Cidade participativa e da Cidade plural. Um grande abraço a todos. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoo o Memorando de representação desta Casa pelo Ver. Engenheiro Comassetto na solenidade de entrega do projeto de construção da Escola Técnica da Restinga, no dia 18 de agosto, às 15h.

Apregoo a solicitação de representação da Casa pelo Ver. Beto Moesch na solenidade de posse da Diretoria da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, ABES, gestão 2009/2011, a realizar-se no dia 19 de agosto de 2009.

Apregoo a solicitação de representação da Casa pelo Ver. Beto Moesch no ciclo de debates “Porto Alegre e o Guaíba - O Futuro de uma Relação”, a realizar-se nos dias 18 e 20 de agosto, das 14h às 17h.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores servidores da Prefeitura de Porto Alegre, do Executivo e do nosso Legislativo, eu já tive a oportunidade de me manifestar quando discutimos, numa outra oportunidade, esse tema da previdência social, da previdência pública. Tenho dito que sobre esse tema - a previdência da Prefeitura, dos servidores públicos - temos um interesse todo especial, diria eu especialíssimo, porque se trata da previdência do trabalhador brasileiro. E a história recente do Brasil foi cruel com relação aos trabalhadores e com relação às reformas que se fizeram, a começar na União.

Sou funcionário público e acompanho isso há muito tempo. A troca de dinheiro do “mensalão”, Deputados, na esmagadora maioria, comprados pelo “mensalão” terminaram, enfraqueceram e prejudicaram demais o trabalhador público e o privado. No “mensalão”, que vem de algum tempo atrás, em troca de dinheiro, votaram contra direitos conquistados pelo trabalhador brasileiro há décadas, há cinquenta, sessenta anos ou mais. Feita essa introdução, quero dizer que não me conformo com o fato de ninguém ter ido para a cadeia por causa do dinheiro do “mensalão”. Ninguém foi, nem irá!

Quando se fala na previdência, fala-se do tempo presente, mas se fala principalmente do amanhã. Sou funcionário público, todo mundo sabe disso, e participo de uma congregação de servidores públicos, uma entidade, a União Gaúcha, que luta pela defesa da previdência pública. E, lá na União Gaúcha, quando se trata de propostas, de reformas da previdência pública para o Brasil, para o Rio Grande do Sul, fala-se, dá-se o exemplo do PREVIMPA como uma instituição pública de previdência bastante bem construída. É claro que ela tem necessidade de alguns ajustes; agora, a previdência, o PREVIMPA de Porto Alegre é modelo para os servidores públicos do País. Isso eu já falei.

O que ocorre? Não dá para apresentar emendas que sejam contra, que estejam contra os interesses do servidor público, a menos que elas sejam extraordinariamente prejudiciais ao Município. Então, dentro dessa característica, dessa minha posição e dessa forma de ver a questão, eu acredito que nós precisamos votar agora as emendas que estão acordadas, as emendas que tenham posição favorável dos servidores; emendas que foram construídas, capitaneadas pelo Grupo de Trabalho, pelo nobre e competente Ver. Adeli Sell. É assim que nós vamos nos comportar, porque acreditamos que a única possibilidade que tem o brasileiro de se dar bem com a previdência social é através da previdência social pública, porque, na previdência social privada, faz quase cinquenta anos que nós temos exemplos de o trabalhador contribuir por trinta anos, e, na hora de receber, ela estar quebrada - quebra ou vai à falência naquele exato momento, para causar prejuízo à esmagadora maioria do nosso povo brasileiro.

Portanto, vou votar favoravelmente às emendas acordadas. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras, público que acompanha hoje a Sessão, eu queria lembrar que, antes mesmo de 2002, nós ouvíamos notícias desagradáveis com relação ao antigo Montepio. Quem não lembra do Pureza, do Mendelski? Quem não lembra daquela luta que o nosso colega Ver. Juarez Pinheiro enfrentou aqui, fora daqui, sendo ameaçado, inclusive, com um presente que continha uma pequena cobra? Será que esses recursos não estão chamando muito a atenção, e, por isso, o Governo está querendo mudar a lógica da maioria dentro do Conselho? Por que será que o Governo, através deste Projeto, quer mudar a proporcionalidade, por exemplo, quando hoje nós temos dez indicados pelo Governo e dez pelos trabalhadores? E o Governo quer mudar exatamente os dez que são os representantes dos trabalhadores. Mais do que isso, quer fazer com que o Presidente passe a indicar o Diretor Administrativo e o Diretor da Previdência, que hoje são eleitos pelo Conselho.

Então, essas mudanças realmente nos deixam não só indignados, mas preocupados em saber o que está por trás de tudo isso. Será que ele não quer repassar de fato os recursos que são obtidos para que o Instituto de Previdência seja uma ideia consolidada e um exemplo para o Brasil? Será que o Governo não percebe que todos os trabalhadores estão indignados com essa forma, na qual ele obtém os recursos e não repassa? E que isso também é preocupante? Quero aqui lembrar que é lamentável que o Governo pense dessa forma, porque demonstra ser, de fato, autoritário e não querer dialogar com a base, com os trabalhadores. Nesse sentido, com certeza, a Câmara poderá, através do seu Portal Transparência, disponibilizar, inclusive, a votação dos Vereadores desta Casa no dia de hoje, porque é de extrema importância que os trabalhadores, os funcionários públicos saibam como se comportam os Vereadores na hora de votar uma matéria de tamanha complexidade e que trata da vida dos cidadãos, que vai interferir no amanhã, na aposentadoria do cidadão, que vai interferir na assistência médica do cidadão, na vida dos trabalhadores, que, até então, não tinham o Instituto. Em 2002, nós tivemos o grande avanço de poder, de fato, instituir o Instituto de Previdência no Município de Porto Alegre.

Eu queria lembrar os fatos desagradáveis que já tivemos no passado; não os queremos agora; queremos, sim, que haja representatividade proporcional no Conselho, inclusive, que a Câmara tenha um representante neste Conselho. É neste sentido, então, que nós queremos nos indignar com algumas manifestações, até mesmo com emendas apresentadas pelo Governo, porque não representam a vontade dos trabalhadores e da categoria. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07, por cedência de tempo da Verª Maristela Maffei.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Agradeço à Verª Maristela Maffei, do PCdoB, pela cedência do seu espaço. Caros Vereadores e Vereadoras, municipários que nos acompanham neste momento, assistentes da TVCâmara, ouvintes da Rádio Web e todos os demais presentes, fazem muito bem os servidores estando aqui mobilizados e vigilantes, porque o que está em jogo é a manutenção e as garantias do futuro.

É verdade que a instituição do PREVIMPA não ocorreu sem muitos traumas, mas é porque isso significava uma mudança de cultura, uma mudança de atitude em relação àquilo que vinha sendo o tratamento das instituições que faziam a cobertura da aposentadoria e das pensões. Particularmente, o Montepio, que fazia o papel de agente de pensões, estava superado e deixou um rombo, Ver. Ferronato, de duas vezes o seu patrimônio, uma conta que está sendo arcada pelos cofres do Município. Isso é muito grave e deve-se evitar que qualquer perspectiva nessa direção torne a acontecer no futuro. E foi instituído no ano de 2000, por iniciativa do Governo e com a aprovação desta Casa, um belo Instituto de Previdência.

O Governo está preocupado e está enviando um conjunto de emendas, objetivando a reforma; emendas que versam principalmente sobre a utilização do Fundo, a parte governamental, a possibilidade de o Executivo dispor da parte governamental de administração do Fundo não utilizada mensalmente. E há outras medidas que foram muito bem apresentadas aqui pelo Ver. Oliboni, pelo Ver. Ferronato, mas hoje, no nosso entendimento, a situação do Município é muito mais favorável, pois no ano passado a receita cresceu 30%. Só num ano, a Receita do Município cresceu 30%. E a Lei de Responsabilidade Fiscal, que chegou a comprometer, em 2003, em 2004, 52,2%, portanto no limite do limite prudencial, obrigando o Executivo a tomar medidas, hoje é diferente. Hoje o comprometimento com a Folha de Pagamento dos servidores está em 43%; ou seja, tem uma folga, se considerarmos 100%, praticamente de 20% - que foi subtraído dos servidores. Vejam só! Qualquer servidor, qualquer cidadão pode examinar essa questão. O comprometimento da Folha, hoje, é de 43% da arrecadação do Município. Em 2004, esse comprometimento era de 52,2%; não havia mais margem de manobra. Agora, há. Então, eu entendo que o Município não tem necessidade de passar essa conta para o servidor, não tem necessidade, nessa ânsia, de produzir as alterações que deseja produzir.

Fui informado de que está em composição uma proposta diferenciada aqui; que está sendo negociada. Agora, muito bem fazem vocês que estão mobilizados em defesa da dignidade, do bom trabalho e da qualidade dos servidores de Porto Alegre e, sobretudo, da manutenção dos direitos já adquiridos - isso é fundamental! Contem com o nosso apoio nessa luta! Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente Sebastião Melo, ilustres Vereadores, ilustre público que nos vê pela TVCâmara e nos ouve pela Rádio Web, é importante frisar que falo com tranquilidade sobre a questão do PREVIMPA por ser funcionário do Município, por ser municipário; confesso que vi muitos avanços no Projeto que está aqui na Câmara, Projeto construído não a uma mão, mas a diversas mãos; tão bem organizado pelo Ver. Bernardino Vendruscolo - parabéns, Vereador -, o Projeto inova, traz modificações principalmente na questão de gestão. Não vemos nenhuma perda de direitos neste Projeto. Estamos ainda trabalhando, o Ver. Toni trabalha nesse sentido, para ver se conseguimos fazer alguma adequação ao Projeto que está em discussão.

A questão da proporcionalidade, realmente, é uma questão polêmica, e conversávamos ali, a Bancada do PDT, que realmente fica bastante difícil votarmos a questão da proporcionalidade, talvez fosse melhor que realmente tivéssemos, a partir da eleição, a composição do seu centro diretivo de forma não proporcional.

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Thiago, eu saúdo a sua preocupação e o seu compromisso como municipário no sentido de garantir que o PREVIMPA sobreviva aos Governos e que seja saneado e transparente. Quando V. Exª diz “inova”, em relação à gestão... De fato a inovação é a indicação dos Diretores Administrativo e Previdenciário, hoje isso é uma conquista da categoria, porque é uma indicação do Conselho de Administração, que é um Conselho paritário, funcionários e Governo. Então, primeiro, uma eleição de municipários, depois uma eleição do Diretor, que, inclusive, depois passa por uma sabatina na Câmara Municipal. Quer dizer, é uma gestão muito cercada, em que municipários e Governo incidem na indicação. Parece-me que retirar essa indicação é, digamos, um recuo na democratização. Eu queria ouvir a sua opinião nesse sentido.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Vossa Excelência diz no que tange à...

 

A Srª Sofia Cavedon: Que a inovação na gestão, que está sendo proposta nessa emenda do Governo, retira a possibilidade de o Conselho Administrativo eleger o Diretor Previdenciário e o Diretor Administrativo. E isso que V. Exª chama de inovação na gestão eu avalio como uma perda, um recuo para o PREVIMPA, um retrocesso para o PREVIMPA, que - sei que V. Exª concorda comigo - tem que ser controlado, transparente e democrático.

 

O Sr. Mauro Zacher: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Colega Ver. Dr. Thiago, permita-me contribuir com o belo debate. Vossa Excelência, como servidor desse Município, saiba que a nossa Bancada esteve permanentemente nesse debate, buscamos consenso em várias situações, em outras não. Entretanto, no que tange à gestão pública, entendemos que o Governo tem as suas questões, e estamos aqui em amplo debate para chegar a um acordo junto à categoria. No que tange ao controle social, à composição do Conselho, nós já nos posicionamos contra a emenda apresentada pelo Líder do Governo, porque entendemos importantes o controle da categoria e a paridade dentro do Conselho.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: É disso que falávamos, Verª Sofia. Então, tão importante quanto à indicação do Diretor, é a atuação do controle social no sentido de realmente coibir as atividades irregulares, as atividades despóticas desse gerenciador. Então, é importante o controle social; e nisso eu acho que nós ganhamos muito no que se refere também à gestão. Todo o processo deve ser construído, por isso - e falávamos, outro dia, sobre o PSF - é importante construirmos alternativas no sentido de que os servidores não percam direitos, mas que possamos avançar nisso. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, quero ratificar o convite para a palestra a ser proferida amanhã, às 09h30, no Teatro Glênio Peres, pelo General José Carlos De Nardi, do Comando Militar do Sul, sobre a Estratégia Nacional de Defesa Federal do Exército Brasileiro. Todos os Vereadores, funcionários da Casa e visitantes são nossos convidados.

Às 11h30, o Prefeito José Fogaça estará na Casa para entregar a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Todos os Vereadores estão convidados também para esse evento, que ocorrerá no Salão Dilamar Machado.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu, obviamente, não sou o corregedor desta Casa, mas tenho uma missão muito importante, que é presidir a Comissão de Constituição e Justiça, que deve respeitar e zelar pelo Regimento da Câmara de Vereadores. Nesse sentido, eu quero me dirigir, com todo o respeito, à Verª Sofia Cavedon e fazer um apelo, porque não é lícito, não é facultado a qualquer um de nós, Vereadores, descumprir o regulamento da Casa. Eu queria pedir, Vereadora, porque nós já temos o microfone para expormos as nossas posições, que V. Exª, por gentileza, retire a camiseta, senão nós estaremos quebrando o regulamento da Casa. Parece-me que não fica nem bem para alguém que quer ser - e foi indicada pelo seu Partido - Presidente desta Casa Legislativa descumprir o regulamento. Todos nós, Vereadores, precisamos entrar no plenário usando gravata. Se não estivermos de gravata, estaremos ferindo o decoro e o Regimento da Casa. Então, há uma liturgia, que, infelizmente, não é desejo meu, mas nós não podemos, Sr. Presidente, transigir com ela, porque, se começamos a transigir com as pequenas coisas, daqui a pouco, perde-se o controle, e as coisas chegam a esse estado em que o nosso País está, e aí não adianta nós ficarmos reclamando. Então, eu peço a V. Exª, que, por gentileza, faça com que esse regramento seja atendido. Muito obrigado.

 

(Manifestações das galerias.)

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, parece-me que esse tema já está superado, já houve uma discussão no início. A Verª Sofia está respeitando o Regimento, quando diz da não colocação de qualquer propaganda, enfim, adesivo, no uso da tribuna, e ela o fez. No Plenário, a roupa adequada da Vereadora fica a critério; o Regimento é bastante claro, com certeza, em relação aos homens, para usar gravata. Mas eu quero só lembrar que, em vários momentos nesta Casa, recebemos convidados na Tribuna Popular, neste Plenário, sem que estivessem adequadamente trajados. Então, eu penso que esta é uma discussão menor, e temos de avançar em relação ao PREVIMPA, já que temos todos os municipários aqui, esperando uma posição desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, nós estamos votando uma matéria de alta relevância para a Cidade e para os municipários. E eu acho que não devemos nos desviar do tema. Eu apenas vou fazer a leitura e peço que vocês a interpretem. Diz o art. 216, do nosso Regimento, no parágrafo 3º (Lê.): “São deveres do Vereador [...] comparecer às Sessões Plenárias com traje passeio completo ou pilcha gaúcha”. E este Regimento está dizendo respeito aos Vereadores, quando se refere ao traje passeio completo. Então, portanto, interprete-se adequadamente isto. Então, eu apelo que, por gentileza, todos os Vereadores cumpram o Regimento. Se não concordam com o Regimento, mudem-no. Esse é o apelo que faço. Prossigamos na nossa discussão.

A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07, por cedência de tempo do Ver. Pedro Ruas.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, municipários que estão conosco neste momento, penso que não devamos desviar a atenção e o foco do trabalho desta Casa no dia de hoje, especialmente, Ver. Beto Moesch, porque é uma angústia que assola, como uma espada, a cabeça de cada municipário neste Plenário; uma decisão necessária há muito tempo, já há dois, três anos, ao Sindicato e a cada municipário da nossa Cidade.

E aqui eu quero lembrar, mais uma vez, que o processo estabelecido para a implementação do Projeto nesta Casa foi um processo antidemocrático. Foi marcado pela arrogância, pela prepotência do Governo Municipal, do Prefeito Fogaça, desta Cidade, que é um Prefeito que se omite sobre temas importantes, e também dessa forma ele está fazendo neste momento. É um Prefeito que, na questão do Pontal do Estaleiro, não teve posição, não publicizou sua posição e dessa forma trabalha em relação aos municipários.

Quero lembrar que, na posse do Conselho Administrativo - os municipários me traziam à memória, Ver. Líder do Governo -, o seu Prefeito prometeu para a categoria que iria retirar o Projeto da Câmara e abrir um processo de discussão. Já faz dois anos, e o Prefeito não o fez. Por quê? Porque o Prefeito Fogaça marca pelo autoritarismo a sua gestão, pela falta de diálogo, pela forma como ele se relaciona. Essa forma, senhoras e senhores, também ele quer implementar nesta Casa, quando compõe a maior parte da base do Governo aqui, das Bancadas dos Vereadores e Vereadoras, e faz com que esta Bancada, simplesmente, diga para o Sindicato: “Não há diálogo, não há nenhuma vontade política de negociação.”

Até este momento, nós estamos no plenário tentando, junto à categoria, verificar quais são as possibilidades de salvar o que é possível, e nem mesmo isso está sendo ofertado nesta hora pelo Governo Fogaça, pelo Prefeito Fogaça. Há, sim, uma má vontade, uma disposição e uma ameaça: “Nós somos maioria nesta Casa, vamos passar a ‘patrola’, não vamos negociar; as Bancadas estão já orientadas.” Ora, vamos respeitar a Câmara Municipal de Porto Alegre; vamos respeitar as Bancadas desta Casa; vamos respeitar os Vereadores e Vereadoras que têm posição e, constantemente, têm lutado e resistido bravamente contra uma série de injustiças cometidas aqui nesta Câmara, através do açodamento das votações de projetos importantes como este que hoje temos aqui. Está faltando respeito, sim, Sr. Prefeito; está faltando respeito com os municipários da nossa Cidade, que é uma categoria que luta bravamente para manter seus direitos, adquiridos ao longo da história.

É bem verdade que aquele que lutava ao lado dos senhores no passado, que representava a categoria, que foi Presidente do Conselho de Administração do PREVIMPA, hoje está no Governo e parece ter outra posição. Esqueceu que tinha ao seu lado companheiros e companheiras valorosos, que sequer estão sendo ouvidos neste momento. Lamentamos essa postura arrogante do Diretor do PREVIMPA, Sr. Rigotti, é a mesma postura de arrogância e intransigência do Prefeito Fogaça - ele tem essa postura em relação aos municipários. Lamentamos, sim, Vereadores e Vereadoras, porque, de fato, não avançamos. Um Projeto, importantíssimo para a Cidade, ficou parado na Comissão de Constituição e Justiça. Mas a Câmara faz o dever de casa quando cria um GT, quando dialoga, quando tenta avançar, e o que nós constatamos é que, com 33 artigos no Projeto e quarenta emendas, dez delas foram apresentadas no calar da noite de uma Sessão de segunda-feira!

É disso que se trata, falta respeito aos municipários, falta o direito deles em estar, sim, reivindicando justamente junto ao Prefeito, aquele que iria manter o que era bom nesta Cidade e modificar o que precisava. Pelo que estamos vendo, nada que foi dito na sua campanha eleitoral ele cumpriu e, agora, com arrogância, com autoridade, com prepotência, assim como o Líder do Governo age nesta Câmara, quer passar a patrola e aprovar o Projeto como bem entende, para o seu bem, para o seu próprio proveito.

Portanto, nós vamos resistir, a Bancada de oposição - agradeço ao Ver. Pedro Ruas o espaço de discussão -, bravamente e defender a posição dos municipários da cidade de Porto Alegre.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, não há mais inscrições para a discussão da matéria, portanto, neste momento, dou por encerrada a discussão. Peço a especial atenção dos Srs. Vereadores para o procedimento a seguir: nós temos muitas emendas destacadas - muitas - e algumas emendas não destacadas. As Bancadas podem fazer o encaminhamento de imediato do todo do Processo ou podem encaminhar após a votação das emendas, a preferência é das Bancadas; quer dizer, cabe o encaminhamento das emendas uma por uma, destacadas, além disso, cabe um encaminhamento do Projeto por Bancada.

 

A SRA. MARIA CELESTE (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de encaminhar o Requerimento de adiamento de votação do PLCE nº 007/07 por cinco Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste, que requer adiamento de votação do PLCE nº 007/07 por cinco Sessões. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, o nosso Requerimento não tem nenhuma intenção protelatória, até porque quem conhece a nossa posição sabe muito bem que nós colaboramos, enormemente, neste primeiro semestre, votando vários projetos do Executivo.

A nossa Bancada tem estado presente nas Comissões, lembrando da necessidade de agilidade de projetos do Executivo, porque muitas vezes eles são fundamentais, cruciais para a liberação de recursos, para o engrandecimento e a sustentabilidade econômica e social da cidade de Porto Alegre. Nós temos sido parceiros para não atrasar nenhum dos nossos pareceres - nenhum. Não existe aqui a velha e cretina prática, que já vimos muitas vezes nesta Casa, de sentar em cima do projeto, como se diz na linguagem corriqueira dos Parlamentos. Não nos peçam para fazer esse tipo de procedimento protelatório, de quem não quer discutir, de quem não quer enfrentar as questões.

Nós queremos dialogar, Ver. Brasinha, Bancada por Bancada, Vereador por Vereador. Que haja tempo, inclusive, para sua Bancada, que tem a Secretária da Administração, consultar sobre as coisas que nós apresentamos e que V. Exas, da Bancada do PTB, estão apresentando. O Ver. Mauro Zacher, Líder do PDT, disse aqui, e é verdadeiro, que a Bancada do PDT acompanhou, por um dos seus servidores, todas as reuniões de quarta-feira durante sessenta dias. Nós não deixamos de fazer uma reunião sequer para apressar o processo.

Minha Líder, Verª Maria Celeste, lembro aqui de um episódio da gestão passada, sob a liderança do Governo da atual Secretária Clênia Maranhão: este Vereador, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, da oposição, foi que salvou um dos principais financiamentos, porque a Liderança do Governo dormiu no ponto. Então, não nos cobrem, meus caros Vereadores da base do Governo, nada, absolutamente nada. O dever de casa foi feito. E sempre que nos derem uma tarefa na Mesa Diretora, sempre que a Liderança do Governo chamar a Bancada de oposição - e eu sei que não falo apenas por mim, Ver. Pedro Ruas, acho que falo por outros Vereadores que não são da minha Bancada -, nós estaremos aqui presentes, atentos, cuidando dos interesses da Cidade.

Nós queremos que as aplicações financeiras do PREVIMPA tenham todas as garantias que, inclusive, a lei federal obriga, para que a gente não tenha as surpresas que os servidores tiveram com o famigerado - como se chamava mesmo aquela entidade que embrulhou os servidores? - Montepio. A coisa está tão difícil que eu fiz de tudo para esquecer esse nome maldito. Eu quero que na minha memória e na de quem passar por aqui, passar pela Cidade, pela municipalidade, que o PREVIMPA, o fundo de previdência dos municipários, seja algo que lhes dê garantia, mas ao mesmo tempo lhes dê orgulho de serem servidores da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, e a nossa Bancada ajudará para que isso aconteça. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Vereadoras, Vereadores, municipários e municipárias que nos visitam no dia de hoje, é uma alegria recebê-los nesta Casa. O que propõe a Líder da oposição, Verª Maria Celeste, na prática? É uma forma de nós chegarmos a um consenso mínimo. O adiamento sugerido por V. Exª, Verª Maria Celeste, atende a uma posição inicial dos próprios municipários e, ao meu ver, do Governo também, na seguinte medida: o Governo, por óbvio, gostaria da aprovação do Projeto, mas os municipários têm restrições importantes a partes do conteúdo do Projeto. Portanto, cabe a nós a tentativa, até o seu limite, de acertarmos essas divergências, que são sérias, são importantes. Algum colega ou alguma colega já disse hoje nesta tribuna que nós tratamos aqui com a vida de milhares de pessoas. Temos, portanto - e esta Casa tem tradição nisso -, a maior responsabilidade ao tratar desse tema. Por isso se impõe a possibilidade de nova conversa, porque, a rigor, nós já avançamos em muitos pontos, em muitos aspectos, mesmo para deixarmos bem claras quais são as divergências. Elas não são integrais, mas são importantes, muito importantes.

Vereadores e Vereadoras, este é o encaminhamento que faço em nome da Bancada do PSOL, representada por mim na Liderança e hoje pelo Ver. Emerson Dutra: nós encaminhamos a favor do adiamento de votação, com o objetivo, Ver. Reginaldo Pujol, de dialogar, de chegar a consensos mínimos e, se for o caso, termos as nossas divergências, com confronto do voto, aqui neste Plenário. Mas me parece que ainda não é este o momento que vivemos; ainda podemos dialogar. E, se ainda podemos, como Parlamentares, temos a obrigação de fazê-lo. Por isso, em nome dos interesses maiores dos municipários, da responsabilidade desta Casa no tema, o PSOL, Sr. Presidente, Vereadoras e Vereadores, encaminha favoravelmente ao Requerimento formulado pela Verª Maria Celeste. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro a presença do Secretário da Fazenda da Prefeitura Municipal, o Economista Cristiano Roberto Tatsch. Seja bem-vindo à nossa Casa, Sr. Secretário.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, na segunda-feira a Verª Sofia Cavedon estranhava que estávamos discutindo um processo que apenas tinha o parecer da Comissão de Justiça. Chamei a atenção de que este Processo, que apenas tinha o parecer da Comissão de Justiça, estava na Casa há dois anos, um mês e duas semanas. Hoje sou obrigado a dizer que está há dois anos, um mês, duas semanas e dois dias.

Agora querem prorrogar por mais cinco Sessões a votação. Hoje acrescentaram duas emendas. Claro que agora não podem mais fazer emendas, a discussão foi encerrada, nós estamos na votação. Se nós não resolvemos até agora, será que, nestas cinco Sessões que se pretende prorrogar a votação, nós vamos resolver algum problema a mais? Ou nós sabemos o que temos que fazer hoje, ou nós não sabemos. É por isso que eu acho, sempre, que, naquela Câmara de 21 Vereadores, se faria uma Comissão de três Vereadores e resolveria o problema. Agora nós somos 36 Vereadores, ameaçados de ser 37, então a coisa fica mais complicada.

Portanto, eu encaminho pelo não adiamento da votação. Nós devemos votar com o nosso conhecimento, com a nossa responsabilidade e com o nosso dever; já deveríamos ter votado não neste ano de 2009, mas, sim, no ano de 2007. E não o fizemos. Agora eu não posso culpar os Vereadores novos que entraram em 2009, mas os outros todos têm um pedaço de culpa, incluído eu, porque não votamos a matéria. Na Câmara de 21 Vereadores, nunca uma matéria do Executivo ficava de um ano para o outro. Então, sou contrário ao adiamento! Saúde e PAZ! (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero dizer à Presidenta do SIMPA, Carmem Padilha, que estava e deve estar no plenário, que ela pode circular aqui no plenário; da mesma forma que o Presidente do PREVIMPA está circulando, ela tem essa liberdade; também a Diretoria do SINDICÂMARA tem toda a legitimidade; em querendo, pode circular um representante de cada Diretoria.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, apenas para uma informação à Segurança: como há uma assembleia do SIMPA, a Presidente Carmem não está, mas está o Vice-Presidente, Mário Fernando.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não há problema, o representante da entidade, designado, está autorizado.

O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias, mais uma vez volto a esta tribuna, agora para encaminhar a nossa posição em relação ao Projeto que hoje estamos discutindo, o do PREVIMPA. Já foi dito nesta tribuna não só por mim...

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Mauro Zacher, para contribuir com Vossa Excelência - vou trancar o seu tempo: neste momento estamos discutindo o Requerimento de adiamento de votação. Houve um Requerimento da Líder do PT; nós não estamos encaminhando ainda o Projeto.

 

O SR. MAURO ZACHER: O senhor não permitiu a conclusão da minha fala, mas, mais uma vez, obrigado. O senhor não permitiu que eu pudesse finalizar a minha fala. Eu vou justamente falar em relação ao Requerimento, se o senhor me permitir continuar a minha fala.

Sem dúvida, este é um Projeto que nós, Ver. Sebastião Melo, já discutimos há muitos meses, e a Bancada do PDT esteve presente justamente pela importância que tem para os nossos servidores do Município. Fizemos questão de estar debatendo esse assunto porque o que queremos é buscar consensos construtivos no sentido de poder avançar, garantindo sempre que não seja alterado ou mexido o direito dos nossos trabalhadores. Então, esta Casa já discutiu; tivemos já, no plenário, o início da discussão; finalizamos hoje a discussão, e nós...

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Mauro Zacher, novamente eu vou me dirigir aos Vereadores, pedindo que, se quiserem fazer uma reunião com o Diretor do PREVIMPA, usem o Salão da Presidência. Agora o plenário está funcionando, não é permitido isso aí. Eu o convidei para contribuir, não para perturbar o plenário. (Palmas.)

O SR. MAURO ZACHER: Sem dúvida, o debate é caloroso, a gente sabe da necessidade da busca de consenso, é por isso que nossos colegas Vereadores estão aqui discutindo diariamente, discutindo todas as emendas, a possibilidade de construir consensos, a retirada de emendas, enfim, no sentido de que a gente possa dar o melhor rumo para o Projeto. Então, faço aqui a nossa referência contra o pedido de adiamento, porque entendemos que já foi discutido amplamente, e todas as emendas estão sendo discutidas. Aquilo que já foi possível na construção de consenso nós já fizemos. Aquilo que não foi possível nós iremos votar democraticamente no momento em que iniciar o processo de votação. A Bancada do PDT, evidentemente, vota contra o encaminhamento de adiamento, a gente pode garantir aos servidores e ao Governo no sentido de que o Projeto seja votado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ver. Mauro Zacher, se o PDT, de fato, quer encontrar o entendimento, tem que lembrar que nós já estamos em período de votação. Portanto, não temos mais como fazer ou retirar emendas e temos pouquíssimo tempo para avançar em alguma construção de consenso. Logo, urge adiar a votação, porque o que está apontado é um retrocesso. Na verdade, não precisaríamos deste Projeto de Lei aqui, o PREVIMPA está bem como está, não há necessidade de fazer nenhuma das alterações propostas pelo Projeto de Lei. É, na verdade, um projeto do Governo para ele ter controle sobre o PREVIMPA; mais do que controle da sua gestão, é um controle que almeja não dar explicação ao municipário!

E o Governo quer, sim, um recurso muito importante, alto, que é oriundo do Comprev, que é oriundo da Taxa de Administração do PREVIMPA, para o caixa único. Nós não discutimos o suficiente com a categoria, e eu, particularmente, não entendo que isso possa ser feito assim, sem esse debate, porque temos um grande déficit, é verdade, no sistema compartilhado e não no sistema de fundo, de caixa. No entanto, foi uma opção que se fez na época do PREVIMPA. Poderíamos ter feito uma opção de todos os municipários irem para o fundo e, aí sim, aportar o recurso suficiente para ter equilíbrio financeiro, para que todos os municipários, os da repartição simples e os novos, pudessem estar num único sistema, mas não fizemos essa opção. A opção de manter os dois sistemas, por um lado, não pode prejudicar os municipários, nós não podemos dar conta do déficit de quem estava já no Governo, mas, por outro lado, todo recurso extra, que não é recurso do fundo, deve ser muito bem pensado, com muito carinho, porque nós podemos, sim, o colocar numa conta. E, lá na frente, poderá ser possível passar uma parte dos municipários da repartição simples para o sistema de capitalização, se capitalizarmos esse recurso. Portanto, é pensar na saúde dos municipários.

E eu sei que o “Rigotti-municipário” acha isso, só que o “Rigotti-governo” opera diferente, e nós queremos saber qual Rigotti está conversando com a categoria. Eu sei que ele pensa que nós podemos, sim, fazer uma conta e capitalizar também o recurso da sobra da Taxa de Administração, capitalizar a volta do Comprev, capitalizar o outro recurso aí que está chegando, porque o nosso sistema precisa ser sustentável ao longo do tempo e porque nós não queremos que, no futuro, haja algum problema de caixa e que não tenhamos proteção para quem está na repartição simples. Nós queremos que o PREVIMPA não só pague a conta, hoje, da perícia... Porque o PREVIMPA paga os benefícios, mas não tem nenhuma gestão sobre a perícia, e nós não gostamos da perícia dos municipários feita pelo Executivo; ela não é preventiva, não faz registro de acidente de trabalho, não faz estudo e trabalho de prevenção para não haver aposentadoria por invalidez. Nós queremos que o PREVIMPA use esse recurso da Taxa de Administração para ter, de fato, uma equipe que faça investigação, pesquisa do adoecimento dos municipários, que se antecipe ao adoecimento, identifique doenças e que, inclusive, determine ao Executivo um trabalho preventivo, uma atenção à saúde do municipário.

Há muito debate a ser feito, Ver. Dib, inclusive sobre esse recurso em que o Governo está botando a mão com essas emendas, sem o acordo dos municipários! Então, temos que adiar a votação, porque a mudança de gestão é para pior, porque termina com o equilíbrio que nós construímos, porque retira recursos da providência do municipário, é retrocesso de cabo a rabo, Ver. Dr. Thiago! Não tem avanço de gestão! Por isso tem que adiar, para tentarmos fazer, novamente, com que o Governo enxergue que está sendo autoritário, que está retirando direitos, que está fazendo o que nós não fizemos.

E encerro dizendo: nós governamos com a pluralidade! O Diretor Administrativo e Previdenciário era oposição à Administração Popular; o Presidente do Conselho de Administração era o Sr. Rigotti, oposição à Administração Popular; e nós governamos com dignidade, com transparência e deixamos muito bem o PREVIMPA, fato reconhecido por este Governo nas palavras do Prefeito e do Rigotti. Por que mudar, então? Porque este Governo Fogaça é autoritário e não respeita o municipário! Por isso nós não aceitamos esta votação! (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, eu quero pedir autorização, porque isto não é regimental, para que o Dr. Luiz Afonso possa sentar ao meu lado, pois é uma matéria complexa, e eu preciso do seu auxílio em quase todos os momentos. Então, se V. Exas autorizarem, o Dr. Luiz Afonso se sentará aqui ao lado, para colaborar com o processo de votação.

 

(O Diretor Legislativo senta-se à Mesa, ao lado do Presidente.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada por vários Vereadores, o Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 23 votos NÃO e 10 votos SIM.

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Quero informar a V. Exª que estamos fazendo um grande esforço para a construção do entendimento, parece-me que o encaminhamento é bom; nesse sentido, gostaria de requerer que a Sessão fosse suspensa por dez minutos, para que, na expressão dos meus companheiros do PT, possamos construir a concertação que estamos buscando. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que solicita a suspensão dos trabalhos por dez minutos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Estão suspensos os trabalhos da presente Sessão por dez minutos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h40min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo - 16h59min): Estão reabertos os trabalhos. Tivemos uma prorrogação de mais dez minutos; há dezenove minutos a Sessão está suspensa. Eu consulto se há algum entendimento por parte dos Vereadores, dos Líderes partidários? (Pausa.) Volto a consultar os Líderes de Bancadas, Verª Maria Celeste, Ver. Valter Nagelstein: V. Exas vão pedir novamente a suspensão da Sessão? Ou eu vou imediatamente retomá-la.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, com a sua tolerância, com a grande iniciativa de todos os Líderes junto ao Diretor do PREVIMPA e ao Sindicato, nós solicitamos mais cinco minutos para fecharmos o acordo final. Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Está prorrogada a suspensão da Sessão por mais dez minutos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo - 17h11min): Estão reabertos os trabalhos. Ver. Braz, V. Exª vai pedir novamente a suspensão da Sessão?

 

O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Presidente, como há um acordo praticamente quase pronto, restando apenas algumas pessoas ainda olharem alguns detalhes, eu pediria a V. Exª que desse mais um tempo para que isso pudesse acontecer.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Que tempo que V. Exª acha necessário?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Acho que dez minutos é suficiente, Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Está concedido. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h12min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo - 17h20min): Srs. Vereadores, eu dou por reaberta a Sessão.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, requeiro que nós retomemos os trabalhos. Infelizmente, eu quero, neste momento, me dirigir a todos os Vereadores, reconhecer o esforço que foi feito, reconhecer o esforço dos Vereadores da base do Governo que concederam tudo o que foi pedido; e eu queria que os municipários soubessem disso. Nós avançamos ao limite, concedemos tudo o que haviam pedido e mais, mas só podemos fechar o acordo se houver a assinatura de todas as Lideranças partidárias. Infelizmente, não houve, não foi possível construirmos, vai ter que retornar in statu quo ante. Eu acredito que é uma grande perda para a categoria dos municipários, porque nós havíamos aberto mão da proporcionalidade, da administração do PREVIMPA, mantendo absoluta democracia, a lista tríplice, mantendo o cargo do Diretor de Pensões como indicação dos municipários, enfim, tudo o que foi pedido nós acordamos e concedemos. Não foi possível, porque não é possível o acordo de todos os Líderes, e nós vamos ter que partir para a votação. Eu só quero fazer um alerta: o prejuízo que é acarretado ou que será, eventualmente, Ver. Ruas, com todo respeito a V. Exª, acarretado à categoria, eu quero dizer que não é da nossa responsabilidade. Não é nossa responsabilidade.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Então, está muito claro que nós fomos ao limite, e invoco, aqui, o testemunho de todos os Vereadores. É isso, Sr. Presidente, eu agradeço.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Para uma Questão de Ordem, Presidente.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Eu quero fazer um apelo aos nossos municipários...

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.

O SR. PEDRO RUAS: É apenas um registro, Sr. Presidente. A Bancada do PSOL, e traduzo isso aqui como Líder da Bancada, não assina, não aceita o acordo, já expôs a sua motivação, respeita e elogia o esforço feito pelos Vereadores das demais Bancadas, mas assume essa posição, não há condições de aceitar esse acordo na forma proposta. É a nossa posição.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, em primeiro lugar, o Governo tem que reconhecer que só veio para diálogo no período de votação, quando não há mais condições de apresentar emenda, por exemplo. Em segundo lugar, se há, de fato, boa vontade do Governo, que ele retire ou vote junto para derrubar essa emenda e construa com a categoria um novo projeto, e votaremos muito rapidamente, se houver acordo. (Palmas.) Ele tem jogo, sim!

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Mais uma vez, é importante registrar, e que fique nos Anais desta Casa, o esforço de todos os Vereadores. Mais do que isso, é importante registrar - que todos saibam, que a população de Porto Alegre saiba - que este Projeto tramita nesta Casa desde 2007. Mais do que isso, há tempo suficiente para discussão. Foi pedido, Sr. Presidente, a criação de um Grupo de Trabalho, e esse Grupo de Trabalho trabalhou noventa dias; todas as discussões que podiam ser feitas foram realizadas. Agora, nós chegamos a um impasse porque há um grupo político que não quer acordar. Isso é preciso registrar.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A matéria está devidamente esclarecida...

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Verª Sofia, faço um apelo a Vossa Excelência ...

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Senhores, a Sessão está suspensa.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h25min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo - 18h03min): Estão reabertos os trabalhos. Senhoras e senhores, senhoras e senhores municipários, tivemos uma boa reunião de trabalho na Presidência da Casa e queremos comunicar que a decisão do conjunto das Lideranças e da Mesa Diretora foi de voltarmos a votar a matéria na segunda-feira. Portanto não vamos prosseguir a votação na data de hoje.

Solicito a abertura do painel para verificação de quórum. (Pausa.) (Após apuração nominal.) Não havendo quórum, declaro encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h05min.)

 

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